Al-Madan 1ª série, n.º 4-5, Novembro 1984 – Novembro 1985

 

EDITORIAL

 

Fevereiro de 1985 ficará para nós assinalado pela concretização (finalmente!) da tão esperada classificação do Centro de Arqueologia de Almada como Associação de Utilidade Pública.

Contrastando com este reconhecimento formal de um trabalho desenvolvido desde 1972, aí temos o propagado Ano Internacional da Juventude, uma capa que apenas parece servir para dar cobertura a uma série de acções propagandísticas, tão do agrado do nosso Poder Central.

Associação maioritariamente constituída por jovens (cerca de 70 % dos seus sócios têm menos de 25 anos), o CAA encarou 1985 com redobrado empenhamento – o seu Plano de Actividades virou-se ainda mais para as escolas e para o apoio aos jovens da região (sessões de animação, curso de introdução à prática da Arqueologia, campo de trabalhos arqueológicos, etc.). Todos estes projectos foram devidamente fundamentados e enviados, via FAOJ [Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis] de Setúbal, à Comissão para o Ano Internacional da Juventude (Ministério da Educação), solicitando o indispensável apoio financeiro. A “omnisciente” Comissão, no entanto, deliberou considerar “não prioritárias” uma série de iniciativas, algumas delas comparticipadas noutras associações!

Os incompreensíveis critérios utilizados continuam a estar no segredo dos deuses.

E assim vai Portugal: uns vão bem, outros mal…

 

 

Mais uma vez somos forçados a pedir desculpa aos nossos leitores pela atraso na edição desta revista, como sempre motivado pela falta de verba.

Assim mesmo, continuamos teimosamente a manter de pé uma publicação que julgamos necessária e que cremos ter já conquistado um espaço próprio no panorama editorial das publicações científicas.

Desenvolvendo a orientação a que nos cingimos desde o primeiro número, Al-Madan continuará aberta à divulgação da Arqueologia, Património e História local, esperando o apoio amigo de quem nos lê.

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